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Natura Ekos apresenta case no Txai Amazônia: ‘Fortalecendo comunidades tradicionais e mantendo a floresta em pé’

Natura Ekos apresenta case no Txai Amazônia: ‘Fortalecendo comunidades tradicionais e mantendo a floresta em pé’

Experiência apresentada no Txai Amazônia destaca integração de saberes, com atuação em diversos países da Pan-Amazônia. A Natura Ekos apresentou um modelo concreto de cadeia produtiva sustentável, que há mais de duas décadas conecta comunidades tradicionais à geração de renda por meio do uso responsável da sociobiodiversidade amazônica. Essa experiência foi destacada no segundo dia do Txai Amazônia, nesta quinta-feira, 26. Representada por Mauro Corrêa da Costa e Diego Viégas, a empresa compartilhou sua trajetória de atuação junto a povos extrativistas em áreas de alta relevância ecológica e cultural. “Estamos há 25 anos nessa jornada de muitos aprendizados, erros e acertos, mas sempre com humildade e respeito à diversidade ambiental e cultural”, destacou Mauro, gerente sênior de Suprimentos da Sociobiodiversidade da empresa. A iniciativa surgiu com o propósito de integrar o conhecimento tradicional ao planejamento estratégico de suprimentos, criando um sistema de relações comerciais de longo prazo e respeitoso com as particularidades ambientais e sociais da região. Segundo ele, lidar com itens de safra em territórios diversos da Pan-Amazônia – como Brasil, Colômbia, Peru e Equador – exige planejamento logístico apurado e sensibilidade às realidades locais. O desafio é garantir o abastecimento contínuo, sem renunciar aos ciclos naturais dos produtos e das decisões comunitárias. “É uma obra de arte extremamente complexa, e só com o tempo fomos aprendendo a definir as melhores estratégias para lidar com isso”, afirmou.   Estruturação de Possibilidades A estruturação dessa cadeia sustentável inclui pesquisa aplicada, governança compartilhada e acordos que promovem o comércio justo. Comunidades extrativistas recebem apoio técnico, são envolvidas no planejamento e fortalecem sua autonomia econômica sem recorrer ao desmatamento. A programação segue até sábado, com debates sobre bioeconomia indígena, financiamento climático e justiça ambiental.

Teatro, Grafite e Música: Mostra Une Artistas e Fazedores de Cultura do Acre no Txai Amazônia

Teatro, Grafite e Música: Mostra Une Artistas e Fazedores de Cultura do Acre no Txai Amazônia

O Txai Amazônia, evento que acontece no eAmazônia, localizado na Universidade Federal do Acre (Ufac), e se estende até este sábado, 28 de junho, reúne artistas e fazedores de cultura em um palco. Na manhã desta quinta-feira, 26 de junho, o teatro ficou por conta do Grupo Candeeiro, com a peça “Afluentes Acreanas”, vencedora do Prêmio Arcanjo de Cultura. Em seguida, o coletivo TRZ Crew realizou uma vivência com grafite, música e poesia. Para JR TRZ, fundador do TRZ Crew, a proposta do Txai Amazônia tem forte ligação com a atuação do coletivo. “Nós trouxemos um pouco do nosso universo, que é o grafite, poesia e música. Tudo isso está dentro dos nossos elementos e queríamos trazer um pouco disso para a galera curtir e passar essa mensagem tão forte que a nossa cultura traz”, explica. JR TRZ destaca, ainda, que o trabalho do coletivo não é apenas artístico: “ele é de protesto, de busca por melhorias e revolução, principalmente para o que a gente está debatendo aqui, que é o nosso futuro. Estamos muito felizes de estar aqui. O Instituto Sapien está nos acelerando para o ano que vem e estar nesse ambiente nos torna mais forte”, ressalta. Durante a tarde, o público pôde vivenciar a performance “Corpo Terreiro”, da artista Joy Ramos, às 15h. No final do dia, a DJ Cau Bartholo promoveu mais uma experiência com músicas da Amazônia. Às 18h, o tradicional grupo Jabuti Bumbá se apresentou com mistura de música, dança e teatro com mensagens de preservação e resistência.

Bioeconomia em destaque: empresas mostram força da sociobiodiversidade no Txai Amazônia

Bioeconomia em destaque: empresas mostram força da sociobiodiversidade no Txai Amazônia

A bioeconomia e a sociobiodiversidade são pilares de diversas empresas na Amazônia, com foco no extrativismo e no desenvolvimento econômico. Na manhã desta sexta-feira, 27 de junho, três empresas se destacam como casos de sucesso desse modelo no Txai Amazônia, que acontece no eAmazônia, na Universidade Federal do Acre (Ufac). O professor da Ufac, João Paulo Mastrângelo, apresenta a pesquisa sobre a caracterização do território, economia e população da Amazônia. De acordo com o pesquisador, que coordena a área de economia e política florestal, o estudo apresenta dados de contexto sobre a região amazônica, enfatizando as questões da economia e a situação da população. “O debate é para entender a conjuntura atual, quais são as principais tendências e de que modo a gente pode pensar, para frente, algum tipo de solução para os desafios da região”, explica. O movimento interestadual Quebradeiras de Coco Babaçu, dos estados do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins, voltado para o extrativismo, fala sobre a produção. Roselícia Rodrigues, coordenadora do movimento, destaca que a alimentação e toda a coleta são feitas na natureza. “Nós somos quebradeiras de coco, extrativistas, e vivemos de coletar coco na floresta de Babaçu, com a palmeira-de-babaçu, que chamamos de mãe palmeira. Nós vivemos disso, da bioeconomia e da sociobiodiversidade”, ressalta. Jéstica Gomes e Paulo Oliveira, da Chapada Diamantina, trabalham com um laboratório de óleos essenciais naturais. “Nós fazemos desde a colheita da planta até a destilação. Depois, a gente produz os cosméticos naturais com a base de óleos essenciais também. Nós trabalhamos bastante com óleos essenciais nativos brasileiros e da nossa região, como aroeira, cítricos e com plantas nativas da Bahia, que são pouco conhecidas também”, destaca. Paulo Oliveira, também representante da Essências da Chapada, afirma que a bioeconomia está presente no formato que a empresa trabalha com a comunidade. “Nós temos um pequeno laboratório, mas a gente tenta sempre incluir a comunidade local dentro do nosso projeto”, ressalta. As apresentações são parte da programação do evento, que é gratuito e se estende até sábado, 28.

Agricultura familiar é chave para bioeconomia inclusiva e sustentável na Amazônia, aponta debate no Txai Amazônia

Agricultura familiar é chave para bioeconomia inclusiva e sustentável na Amazônia, aponta debate no Txai Amazônia

A discussão reuniu representantes do governo federal, da academia e de organizações da sociedade civil para ampliar o olhar sobre cadeias produtivas Abrindo os debates da tarde, desta quinta-feira, 27, do Seminário Internacional Txai Amazônia, o painel “Agricultura Familiar e a Bioeconomia na Amazônia” reuniu especialistas com vivência em diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável. Com mediação do economista acreano Dande Tavares, a mesa integrou o eixo temático Organização da Produção e Cadeias Produtivas na Bioeconomia. “Esse é um tema com múltiplas transversalidades”, destacou Dande. “Falar de bioeconomia é também falar de mudanças climáticas, de perda de biodiversidade, de sustentabilidade ambiental, prosperidade econômica e justiça social. E para isso, precisamos integrar perspectivas e territórios”. A proposta do painel foi abordar os desafios e as possibilidades da agricultura familiar como base para cadeias produtivas sustentáveis, promovendo inclusão social, uso inteligente dos recursos naturais e geração de renda com justiça ambiental. Novas perspectivas A mesa foi composta por Patrícia Melo Yamamoto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Maria Lucimar Souza, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM); e o vice-reitor da Universidade Federal do Acre, professor Josimar Batista Ferreira. Durante sua fala, Dande destacou também a importância das cooperativas que operam com base no agroextrativismo familiar no Acre. “A visão prática e organizada de quem opera no dia a dia com essas cadeias produtivas, assim como a perspectiva trazida para ampliar a profundidade da discussão, são essenciais”, disse. A proposta do seminário é justamente promover esse encontro de saberes que reconheça a complexidade dos territórios amazônicos e a necessidade de soluções integradas. A programação do dia seguiu com outras mesas temáticas, oficinas, rodas de conversa e uma mostra de iniciativas sustentáveis que ilustram como a bioeconomia pode se materializar no chão da floresta.

Mulheres da Amazônia mostram força e protagonismo na construção da bioeconomia no Txai Amazônia

Mulheres da Amazônia mostram força e protagonismo na construção da bioeconomia no Txai Amazônia

Painel destaca experiências de liderança feminina em comunidades indígenas e espaços de decisão pública Com olhares atentos, o painel “O Gênero e a Preservação do Meio Ambiente: O Papel das Mulheres da Amazônia no Desenvolvimento da Bioeconomia” abriu espaço para reconhecer e valorizar o protagonismo feminino na sustentabilidade da floresta, nesta quinta-feira (26), no Txai Amazônia. Mediado pela professora Andrea Alechandre, da Universidade Federal do Acre (UFAC), o debate reuniu lideranças indígenas, extrativistas e representantes de instituições públicas para refletir sobre a força das mulheres na agricultura familiar. “A liderança feminina em cooperativas, associações, iniciativas sustentáveis e na política pública precisa ser visibilizada como motor real da bioeconomia na Amazônia”, afirmou Andrea, ao iniciar o painel. Doutoranda em Produção Vegetal, com mais de 30 anos de atuação junto a comunidades tradicionais, a mediadora conduziu o debate destacando dados que reforçam a presença ativa das mulheres nos sistemas produtivos da floresta: segundo o IBGE, quase 20% dos estabelecimentos agropecuários da região Norte são chefiados por mulheres, especialmente na agricultura familiar. Vozes Femininas Com vozes e trajetórias diversas, as painelistas Xiu Shanenawa, Leide Aquino, Márdhia El-Shawwa Pereira e Júlia Yawanawá compartilharam experiências de luta, organização e transformação dos territórios a partir da atuação feminina. Xiu, liderança do povo Shanenawa, destacou a multiplicidade de frentes em que as mulheres indígenas atuam: da saúde ao empreendedorismo, da articulação política à valorização cultural. Já Leide, moradora da Reserva Extrativista Chico Mendes, reforçou o papel da mulher extrativista na defesa dos modos de vida tradicionais e na construção de cadeias produtivas sustentáveis. Durante a conversa, foram citados ainda projetos como o da Terra Indígena do Xingu, no Mato Grosso, onde mais de 200 mulheres indígenas atuam na comercialização de sementes nativas. O painel integra a programação do segundo dia do Seminário Internacional Txai Amazônia, que segue com exposições culturais, rodas de conversa, oficinas e mostra de experiências bem-sucedidas da sociobiodiversidade.

Bioeconomia e sociobiodiversidade: empresas amazônicas são destaque no uso de produtos da floresta

Bioeconomia e sociobiodiversidade: empresas amazônicas são destaque no uso de produtos da floresta

O desenvolvimento econômico e a bioeconomia são pontos focais de empresas amazônicas apresentadas como cases de sucesso no segundo dia de programação do Txai Amazônia, nesta quinta-feira, 26, no eAmazônia, localizado na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, no Acre. O evento, que acontece até sábado, 28, reúne diversas empresas que atuam dentro da sociobiodiversidade, com produtos da Floresta Amazônica, como a Amazonly Cosmetics, apresentada por José Cláudio Balducci. José Cláudio, natural do Amapá, explica que a Amazonly Cosmetics é uma indústria de extração de óleos e manteigas vegetais, com viés em pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Nosso trabalho é com os extrativistas. Estamos falando de comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas, comunidades tradicionais do estado do Amapá, trazendo essas matérias-primas e insumos para dentro da empresa, produzindo, fazendo a extração e filtração desses óleos”, explica. José Cláudio ressalta, ainda, que a empresa foca na questão da rastreabilidade e na origem dessas sementes, bem como nas certificações, como a orgânica, visto que os produtos da Amazonly Cosmetics são 100% puros e naturais. Pronatus A empresa Pronatus do Amazonas Beleza e Cosméticos, que trabalha com ingredientes da sociobiodiversidade há 39 anos, também foi destaque de sucesso, apresentada pelo farmacêutico Evandro da Silva.  “Minha empresa foi construída em função da minha parte técnica. Meu sonho, desde a faculdade, era montar uma empresa que tivesse uma visão amazônica, utilizando a biodiversidade”, explica. Evandro destaca, ainda, que a empresa é fundamentada em cosmético popular, com diferencial para o uso de ingredientes amazônicos. “As propriedades medicinais da flora amazônica, através de outro tipo de cosmético, considerado cosmético funcional, conhecido como cosmecêutico. Embora não exista essa figura na Anvisa, há uma tendência mundial. Nós aproveitamos essa linha de trabalho para fazer xampus, sabonetes, óleos de massagem e outros produtos”, afirma. Mato Grosso e Roraima O extrativismo também está presente no Projeto Mam Gap, do Mato Grosso, apresentado por Alexandre Zoró, que representa a Associação do Povo Indígena Zoró (Apiz). A iniciativa fortalece a identidade cultural e a autonomia do povo. “Atuamos dentro da bioeconomia com a parte do extrativismo, principalmente pela produção de castanha-do-Brasil”, explica. Em Boa Vista (RR), a Daval Alimentos Amazônicos se destaca pela produção de pimentas e geleias com ingredientes da floresta, a partir da agricultura familiar, utilizando produtos como pimentas diversas, tucumã, pupunha, manga e mel, apresentada pela representante Valdeniza Bezerra. Os casos de sucesso são destaque no Txai Amazônia, que apresentam empresas da região que apostam na bioeconomia e sociobiodiversidade para o desenvolvimento econômico dos estados amazônicos.

Extrativismo sustentável é caminho para economia inclusiva e valorização da floresta, aponta pesquisador da Embrapa

Extrativismo sustentável é caminho para economia inclusiva e valorização da floresta, aponta pesquisador da Embrapa

Eufran Amaral defendeu que o extrativismo, quando fortalecido com base nos saberes tradicionais, pode ser um motor estratégico de desenvolvimento econômico. O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Acre), Eufran Amaral, mediou o painel “Extrativismo Sustentável e os Impactos para a Economia da Amazônia”, nesta quinta-feira, 27, durante o segundo dia do Seminário Internacional do Txai Amazônia.  “Metade do território do Acre está em áreas protegidas. Isso não é apenas uma questão ambiental, mas também social. Nessa floresta moram pessoas que têm cultura, têm forma de vida peculiar e dependem diretamente dela para viver”, afirmou. Eufran chamou atenção para o paradoxo que marca a realidade amazônica: comunidades ricas em biodiversidade, saberes e possibilidades produtivas, mas que ainda enfrentam sérias dificuldades econômicas, sociais e territoriais. “A gente tem uma imensa riqueza e, muitas vezes, situações de qualidade de vida ainda precárias”, observou. Segundo ele, é urgente transformar esse cenário com políticas públicas que promovam inclusão produtiva e valorizem os sistemas tradicionais de uso da terra. A mediação de Eufran também trouxe reflexões sobre o papel das novas gerações na continuidade e reinvenção do extrativismo. Em meio à chegada de tecnologias de gestão e comunicação, jovens indígenas e extrativistas buscam formas de se reconhecer e de inovar dentro de suas culturas, muitas vezes tensionando modelos tradicionais. “A gente vive um encontro de gerações. Novos indígenas, nova geração extrativista, em diálogo com novas tecnologias. Como inserir isso sem perder a essência das práticas tradicionais?”, provocou. O pesquisador reforçou que é preciso olhar para o extrativismo como uma estratégia de futuro para a Amazônia, e não apenas como herança do passado. “Cada reserva extrativista tem um jeito de se viver. Cada povo tem seu próprio modelo de desenvolvimento. O que buscamos é um modelo de conservação que seja culturalmente inclusivo e ambientalmente íntegro, que garanta futuro para quem vive na floresta”, defendeu. Equilíbrio para o Desenvolvimento Entre os temas orientadores da mesa, Eufran propôs debates sobre a integração entre conhecimentos tradicionais e inovação tecnológica, os instrumentos de fomento que podem ampliar as cadeias do extrativismo, e o papel da inserção de produtos da sociobiodiversidade no mercado global. Para ele, o desafio é encontrar equilíbrio entre valorização econômica e proteção dos ecossistemas. “A internacionalização pode ser positiva, desde que não se perca o controle sobre o território nem se enfraqueçam os modos de vida que sustentam a floresta”, disse. Além do painel sobre extrativismo, o segundo dia do Txai Amazônia contou com apresentações culturais, mostra de produtos da floresta e encontros entre lideranças comunitárias, pesquisadores e o ministro das Relações Exteriores, Carlos Parkinson. A programação segue até sábado (28), com novas rodas de conversa e experiências que evidenciam a potência da sociobiodiversidade amazônica.

Mostra Cultural Agita Primeiro Dia do Txai Amazônia com Carimbó, Forró e Música Eletrônica

Mostra Cultural Agita Primeiro Dia do Txai Amazônia com Carimbó, Forró e Música Eletrônica

A cultura é um dos grandes pilares do Txai Amazônia, realizado em Rio Branco, entre 25 e 28 de junho, no eAmazônia, localizado na Universidade Federal do Acre (Ufac). Na tarde desta quarta-feira, 25, diversas apresentações culturais agitaram a Mostra Cultural. Durante a tarde, a artista Camila Cabeça apresentou a aula-espetáculo “Carimbó para o despertar do corpo”. Ao final da tarde, a DJ Cau Bartholo animou o público. Após a DJ, a apresentação de Dito Bruzugu, com Forró no Balde, tomou conta do palco e fez o público dançar. Dito Bruzugu, cantor do Acre, conta que foi convidado para participar do evento e garantiu muita dança com o Forró no Balde. “Nós trouxemos um pouco dessa coisa tradicional das raízes, que rolavam os forrós do seringal. Essa é a nossa proposta com o Forró no Balde: trazer uma coisa mais tradicional, mesmo da nossa ancestralidade, da música. Estou bem empolgado aqui com os seminários, tratando de assuntos urgentes, que, como alguns seminaristas disseram, vêm sendo tratados há muitos anos em outros lugares, mas aqui na Amazônia ainda está engatinhando essas pautas mais urgentes”, conclui. Programação cultural desta quinta-feira Nesta quinta-feira, 26, o espetáculo Afluentes Acreanos abre a programação da mostra, que também conta com vivência com Trz Crew – Graffiti, Música e Spoken Word, mais uma sessão de cinema com o projeto FestCine Originários, espetáculo de dança Performance Corpo Terreiro de Arte, Sunset com DJ e apresentação do grupo Jabuti Bumbá.

Txai Amazônia reúne especialista para discutirem ‘Financiamento em Bioeconomia e Serviços Ambientais’

Txai Amazônia reúne especialista para discutirem ‘Financiamento em Bioeconomia e Serviços Ambientais’

Diretora de Mudanças Climáticas e Climate Finance da África aborda novos instrumentos financeiros para a economia verde e a floresta em pé. Rio Branco, Acre – A importância de impulsionar a bioeconomia na Amazônia por meio de financiamentos e investimentos foi o tema central do painel “Financiamentos da Bioeconomia”, realizado nesta quarta-feira (25) no Seminário Internacional Txai Amazônia. A especialista Alessandra Peres, diretora de Mudanças do Clima e Climate Finance para América Latina, Amazônia e África, mediou a discussão, que contou com a participação de renomados painelistas e destacou a urgência de fortalecer a economia verde na região. Com 27 anos de experiência em projetos de desenvolvimento sustentável na América Latina, Amazônia e África, Alessandra Peres enfatizou a necessidade de ampliar o acesso a financiamentos, investir em infraestrutura e promover a inclusão digital e produtiva das comunidades amazônicas. “O que fazer e como fazer, a gente já tem. O que falta é o financiamento”, afirmou, resumindo o principal desafio. A discussão no painel reforçou que, embora o conhecimento e as iniciativas existam, a carência de recursos financeiros adequados impede o pleno desenvolvimento. Desafios e oportunidades de financiamento O painel trouxe uma análise aprofundada dos “Instrumentos Financeiros para Bioeconomia e Serviços Ambientais: Oportunidade Pública e Internacional”. A ementa da discussão sublinhou a necessidade de identificar e otimizar as estruturas de apoio financeiro e de investimentos públicos para a bioeconomia amazônica. O objetivo é alavancar ações que estruturem cadeias produtivas, arranjos produtivos locais e negócios essenciais para uma transição econômica sustentável. Atualmente, existem diversas fontes de recursos, incluindo fundos constitucionais e bancos públicos como BNDES, Banco da Amazônia, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Instituições como a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) e a SUFRAMA também gerenciam volumes significativos de investimentos. No entanto, a falta de coordenação entre esses investimentos é um obstáculo significativo, dificultando o acesso e a aplicação efetiva dos recursos. O debate ressaltou a importância de atores-chave atuarem na organização desses fundos e na criação de estratégias claras para sua aplicação. Além disso, foi destacado que muitos produtores e comunidades locais enfrentam barreiras como a falta de conhecimento técnico e apoio na elaboração de propostas. A capacitação e o suporte técnico são cruciais para que os recursos cheguem a quem realmente precisa e saiba como utilizá-los de forma eficaz. Cooperação internacional e o papel dos parceiros O painel também abordou o papel vital da cooperação internacional e dos bancos multilaterais no apoio à bioeconomia. Instituições como o Banco Mundial possuem linhas de apoio que podem beneficiar tanto o setor público quanto a iniciativa privada, exigindo uma articulação mais efetiva entre esses atores e os governos locais. Os painelistas incluíram Octavio Carrasquilla, da Direção de Assistência Técnica em Biodiversidade e Mudança Climática; Juliana Salles Almeida, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Deyse Gomes de Oliveira, do Banco do Brasil. A discussão explorou tópicos como o panorama dos instrumentos financeiros disponíveis, a coordenação dos fundos, os critérios de acesso, a capacitação técnica, a adequação dos critérios à realidade amazônica e as oportunidades para os setores público e privado. Alessandra Peres reforçou o convite para a COP30, destacando a importância de continuar o diálogo sobre financiamento da Amazônia em fóruns globais. O Seminário Internacional Txai Amazônia segue com sua programação até sábado (28), promovendo conexões e debates essenciais entre tradição, inovação e políticas públicas para garantir a floresta em pé.

‘Entender a importância do agro para a nossa sobrevivência’, destaca palestrante em painel sobre agricultura e bioeconomia no Txai Amazônia

‘Entender a importância do agro para a nossa sobrevivência’, destaca palestrante em painel sobre agricultura e bioeconomia no Txai Amazônia

Painel fechou a programação do primeiro dia de Txai Amazônia O Seminário Internacional Txai Amazônia encerrou a programação do primeiro dia, nesta quarta-feira (25), com o painel “Bioeconomia e Agro: o quanto o Agro pode ser Bioeconomia e o quanto a Bioeconomia pode ser Agro”, mediado pelo médico veterinário, Edivan Maciel, atual secretário adjunto de Agricultura do Acre. “Precisamos discutir a junção da bioeconomia com o Agro e entender a importância do Agro para a nossa sobrevivência”, declarou o gestor. O painel discutiu as intersecções entre o setor agropecuário e a bioeconomia, abordando como ambos podem se complementar e colaborar para um modelo produtivo mais sustentável. A mesa abordou áreas de convergência entre os dois campos, bem como instrumentos financeiros, práticas sustentáveis e oportunidades de inovação. A proposta era apresentar como o agro e bioeconomia não são visões em conflito, mas caminhos que podem coexistir de forma sinérgica, beneficiando a produção de riqueza e a preservação ambiental. Também participaram da discussão: Marcelo Shama Carbono Arquiteto de ecossistemas regenerativos. Nexialista com profundo conhecimento de ESG e integração com IOT e IA. Forte articulação com empresas, fundos, governos e ONGs; Alfredo Homma, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e professor da Universidade do Estado do Pará, agrônomo, doutorado em economia agrícola; George Paulus, PhD engenheiro de produção pela Escola Politécnica da USP, mestre e doutor em Logística e Educação com Jogos e Judson Valentim , Doutor em Agronomia, pesquisador sênior da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Outras atrações A programação do Seminário Internacional Txai Amazônia segue até o próximo sábado, 28, proporcionando conexões entre tradição, inovação e políticas públicas para a floresta em pé. Além dos painéis e debates, o público que circular pelo espaço do eAmazônia, situado na Universidade Federal do Acre (Ufac), também poderá desfrutar de uma ampla Mostra Artística Cultural da Bioeconomia, que reúne artistas das mais diversas áreas, experiências gastronômicas e feira de empreendimentos da sociodiversidade. Expositores de toda a Amazônia Legal estão expondo seus produtos no Txai Amazônia, contando a sua história e prospectando negócios. A feira também reúne mais de 20 empreendimentos acreanos da bioeconomia. O espaço foi estilizado especialmente para o evento.

A Mostra Cultural TXAI AMAZÔNIA, realizada durante os dias do seminário, é um evento vibrante que celebra a diversidade cultural da Amazônia. Com apresentações artísticas, oficinas e exposições, este espaço é dedicado à valorização e preservação das manifestações culturais dos povos amazônicos.

A Amazônia é uma das regiões mais biodiversas e culturalmente ricas do planeta. Este vasto ecossistema desempenha um papel crucial na regulação climática global e na manutenção da biodiversidade. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento sustentável, respeitando e valorizando as tradições e o conhecimento dos povos que habitam esta região.

A bioeconomia e a sociobiodiversidade são pilares fundamentais para um desenvolvimento sustentável na Amazônia. Este conceito evolui para incluir não apenas o uso sustentável dos recursos naturais, mas também a valorização das culturas tradicionais e do conhecimento ancestral dos povos da floresta.

O Acre foi escolhido para sediar a 1ª edição do Seminário TXAI devido ao seu compromisso com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Este Estado, rico em biodiversidade e cultura, oferece o cenário perfeito para debatermos e construirmos juntos um futuro sustentável para a Amazônia.