Povo Zoró fortalece autonomia com produção de castanha-do-Brasil no Mato Grosso

No Seminário Internacional Txai Amazônia, realizado em junho no Acre, o Projeto Mam Gap, desenvolvido pela Associação do Povo Indígena Zoró (Apiz), foi apresentado como um exemplo contundente de como a bioeconomia pode impulsionar autonomia, identidade cultural e protagonismo indígena.

Representado por Alexandre Zoró, o projeto mostrou que a produção de castanha-do-Brasil, quando aliada ao saber tradicional e ao fortalecimento comunitário, vai muito além da geração de renda: torna-se uma estratégia de resistência e valorização do território.

“Atuamos dentro da bioeconomia com foco no extrativismo, principalmente por meio da castanha. É um trabalho que resgata saberes, gera autonomia e mantém viva a conexão com nossa terra”, afirmou Alexandre durante sua fala no seminário.

A iniciativa integra a cadeia produtiva da sociobiodiversidade com respeito à cultura do povo Zoró, fomentando práticas sustentáveis e alianças com parceiros que valorizam a floresta em pé. O case mostrou como projetos indígenas são essenciais para o fortalecimento da bioeconomia amazônica com justiça social e ambiental.

Foto: Agência Nexo

A Mostra Cultural TXAI AMAZÔNIA, realizada durante os dias do seminário, é um evento vibrante que celebra a diversidade cultural da Amazônia. Com apresentações artísticas, oficinas e exposições, este espaço é dedicado à valorização e preservação das manifestações culturais dos povos amazônicos.

A Amazônia é uma das regiões mais biodiversas e culturalmente ricas do planeta. Este vasto ecossistema desempenha um papel crucial na regulação climática global e na manutenção da biodiversidade. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento sustentável, respeitando e valorizando as tradições e o conhecimento dos povos que habitam esta região.

A bioeconomia e a sociobiodiversidade são pilares fundamentais para um desenvolvimento sustentável na Amazônia. Este conceito evolui para incluir não apenas o uso sustentável dos recursos naturais, mas também a valorização das culturas tradicionais e do conhecimento ancestral dos povos da floresta.

O Acre foi escolhido para sediar a 1ª edição do Seminário TXAI devido ao seu compromisso com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Este Estado, rico em biodiversidade e cultura, oferece o cenário perfeito para debatermos e construirmos juntos um futuro sustentável para a Amazônia.