Iniciativa com 36 anos de atuação foi apresentada no Seminário Txai Amazônia como referência em soluções locais.
Rio Branco, Acre – O Projeto RECA (Reflorestamento Econômico e Comunitário como Motor de Desenvolvimento), localizado na região do Vale do Jamari, em Rondônia, foi apresentado nesta quarta-feira (25) no Seminário Txai Amazônia como um exemplo bem-sucedido de alternativa econômica baseada na sociobiodiversidade amazônica.
Representando a iniciativa, o técnico Gabriel Figueiredo compartilhou a trajetória de mais de três décadas do projeto, que envolve agricultores familiares em sistemas produtivos sustentáveis. Fundado há 36 anos, o RECA nasceu da união de famílias migrantes que encontraram na floresta um caminho para gerar renda com respeito ao meio ambiente.
“Viemos apresentar nossos modelos de trabalho e mostrar que é possível construir uma economia sólida respeitando o território. São experiências que podem inspirar outras comunidades”, afirmou Gabriel.
A experiência coletiva, construída a partir do conhecimento dos próprios agricultores, fortaleceu políticas públicas voltadas à agricultura familiar e à bioeconomia. Com isso, o projeto contribui não apenas para o sustento de dezenas de famílias, mas também para a manutenção da floresta em pé.
Durante a apresentação, Gabriel destacou também as expectativas de que o seminário sirva de ponte entre comunidades e formuladores de políticas:
“É um evento muito rico, com entidades importantes. Queremos mostrar os desafios que enfrentamos para que eles também ajudem a orientar as políticas públicas”, disse.
Além da participação do RECA, o dia de atividades do Txai Amazônia contou com painéis sobre a integração de saberes entre ciência e tradição, oficinas práticas, mostra de produtos da sociobiodiversidade e apresentações culturais.