A discussão reuniu representantes do governo federal, da academia e de organizações da sociedade civil para ampliar o olhar sobre cadeias produtivas
Abrindo os debates da tarde, desta quinta-feira, 27, do Seminário Internacional Txai Amazônia, o painel “Agricultura Familiar e a Bioeconomia na Amazônia” reuniu especialistas com vivência em diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável. Com mediação do economista acreano Dande Tavares, a mesa integrou o eixo temático Organização da Produção e Cadeias Produtivas na Bioeconomia.
“Esse é um tema com múltiplas transversalidades”, destacou Dande. “Falar de bioeconomia é também falar de mudanças climáticas, de perda de biodiversidade, de sustentabilidade ambiental, prosperidade econômica e justiça social. E para isso, precisamos integrar perspectivas e territórios”.
A proposta do painel foi abordar os desafios e as possibilidades da agricultura familiar como base para cadeias produtivas sustentáveis, promovendo inclusão social, uso inteligente dos recursos naturais e geração de renda com justiça ambiental.
Novas perspectivas
A mesa foi composta por Patrícia Melo Yamamoto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Maria Lucimar Souza, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM); e o vice-reitor da Universidade Federal do Acre, professor Josimar Batista Ferreira.
Durante sua fala, Dande destacou também a importância das cooperativas que operam com base no agroextrativismo familiar no Acre.
“A visão prática e organizada de quem opera no dia a dia com essas cadeias produtivas, assim como a perspectiva trazida para ampliar a profundidade da discussão, são essenciais”, disse.
A proposta do seminário é justamente promover esse encontro de saberes que reconheça a complexidade dos territórios amazônicos e a necessidade de soluções integradas.
A programação do dia seguiu com outras mesas temáticas, oficinas, rodas de conversa e uma mostra de iniciativas sustentáveis que ilustram como a bioeconomia pode se materializar no chão da floresta.