“Cada peça carrega a essência da nossa cultura Yawanawá: força, tradição e beleza. Não é apenas artesanato, é história viva sendo compartilhada. Apoie o feito à mão, apoie o originário.”
A presença da Shahu Rautihu Keneya — Joias Ancestrais como expositora no Seminário Internacional TXAI Amazônia foi mais que uma vitrine de produtos: foi a afirmação de que a bioeconomia da floresta também se sustenta em arte, memória e ancestralidade. Em sintonia com a essência do seminário — valorizar saberes tradicionais, fortalecer a sociobiodiversidade e abrir caminhos para novas formas de desenvolvimento sustentável —, o artesanato das três mulheres Xiú Shanenawa, Raíssa Yawanawá e Valdenira Huni Kuin conquistou olhares e corações, traduzindo em peças a voz da floresta.
No coração da Amazônia, elas erguem arte que fala — tecida com fios de resistência, miçangas de ancestralidade, cores que nascem da terra e da passagem do tempo. São a Shahu Rautihu Keneya, cuja mão, no gesto de criar, honra raízes antigas e abre caminhos novos.
Essa frase-manifesto que acompanha seu trabalho ecoa em cada peça. Colares, brincos e adornos deixam de ser apenas ornamentos: tornam-se poemas visuais. Cada miçanga nasce da floresta ou do rio, passa pelas mãos que respeitam e carregam saberes, onde cada cor tem um porquê, cada forma um sentido.
As artesãs se definem como apaixonadas pela cultura amazônica — profundamente respeitosas. E esse respeito se reflete em tudo: nos pigmentos naturais, nas tramas que seguem padrões antigos, nos detalhes que reiteram identidade. Há, nas bordas circulares, nas franjas e no brilho das contas coloridas, a voz de mulheres que insistem em existir em sua história, em sua arte, em seu ser originário.
Conheça o perfil: https://www.instagram.com/shahu_rautihu.keneya/
Foto: Arquivo Instagram Shahu Rautihu Keneya