A bioeconomia e a sociobiodiversidade são pilares de diversas empresas na Amazônia, com foco no extrativismo e no desenvolvimento econômico. Na manhã desta sexta-feira, 27 de junho, três empresas se destacam como casos de sucesso desse modelo no Txai Amazônia, que acontece no eAmazônia, na Universidade Federal do Acre (Ufac).
O professor da Ufac, João Paulo Mastrângelo, apresenta a pesquisa sobre a caracterização do território, economia e população da Amazônia. De acordo com o pesquisador, que coordena a área de economia e política florestal, o estudo apresenta dados de contexto sobre a região amazônica, enfatizando as questões da economia e a situação da população.
“O debate é para entender a conjuntura atual, quais são as principais tendências e de que modo a gente pode pensar, para frente, algum tipo de solução para os desafios da região”, explica.
O movimento interestadual Quebradeiras de Coco Babaçu, dos estados do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins, voltado para o extrativismo, fala sobre a produção.
Roselícia Rodrigues, coordenadora do movimento, destaca que a alimentação e toda a coleta são feitas na natureza. “Nós somos quebradeiras de coco, extrativistas, e vivemos de coletar coco na floresta de Babaçu, com a palmeira-de-babaçu, que chamamos de mãe palmeira. Nós vivemos disso, da bioeconomia e da sociobiodiversidade”, ressalta.
Jéstica Gomes e Paulo Oliveira, da Chapada Diamantina, trabalham com um laboratório de óleos essenciais naturais. “Nós fazemos desde a colheita da planta até a destilação. Depois, a gente produz os cosméticos naturais com a base de óleos essenciais também. Nós trabalhamos bastante com óleos essenciais nativos brasileiros e da nossa região, como aroeira, cítricos e com plantas nativas da Bahia, que são pouco conhecidas também”, destaca.
Paulo Oliveira, também representante da Essências da Chapada, afirma que a bioeconomia está presente no formato que a empresa trabalha com a comunidade. “Nós temos um pequeno laboratório, mas a gente tenta sempre incluir a comunidade local dentro do nosso projeto”, ressalta.
As apresentações são parte da programação do evento, que é gratuito e se estende até sábado, 28.